Universidade pretende modernizar a atuação do CBA no Brasil, redirecionando o órgão para a transformação de pesquisas em negócios sustentáveis
Após duas fases de seleção entre instituições de todo o Brasil, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) foi escolhida como uma das gestoras técnicas do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) e terá como parceira a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea), escolhida pelo Ministério da Economia para ser a gestora financeira do CBA. Agora, a UEA, Fuea e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) terão a missão de transformar o CBA em núcleo de atração de investimentos de bioeconomia no Amazonas.
A União, por intermédio do Ministério da Economia, nos termos do disposto na Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998; no Decreto nº 9.190, de 1º de novembro de 2017; na Portaria nº 297, de 12 de junho de 2019, do Ministério da Economia, e do Estudo de Publicização – Centro de Bionegócios da Amazônia, tornou público, na terça-feira (20/12), o resultado final da segunda fase de seleção de pessoa jurídica de direito privado, qualificando como organização social e celebrando o contrato de gestão que tenha por objeto o gerenciamento do CBA.
Além da UEA e Fuea, o IPT e a Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (FIPT) irão atuar na gestão estratégica, tática e operacional do CBA.
O Chamamento Público Sepec nº 01/2022, publicado no Diário Oficial da União de 6 de maio de 2022, referente à seleção de pessoa jurídica de direito privado, consagrou vencedora do certame a Fuea, representante legal do consórcio Fuea, UEA, IPT e FIPT.
A Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia, responderá pela definição das políticas públicas vigentes, regulação, fomento e supervisão das atividades executadas pelo centro.
Economia e sociobiodiversidade
O objetivo do consórcio é fazer com que o CBA incentive e impulsione a economia do estado por meio da bioeconomia, com atividades econômicas de produção, fomentando a produção, distribuição e consumo de bens e serviços provenientes de recursos da sociobiodiversidade.
O novo CBA foi concebido e alinhado com os atores locais (entre eles a universidade, governo, setores produtivos e sociedade civil organizada) para ter condições de contribuir na transformação do potencial da biodiversidade amazônica, gerando emprego e renda para a região.
De acordo com a Sepec, a nova identidade jurídica do CBA permitirá resolver uma disfunção no ambiente de negócios da região amazônica, interligando o trabalho das comunidades locais com a capacidade industrial já instalada na região e a proteção do patrimônio ambiental brasileiro.
Determinação
O reitor da UEA, André Luiz Nunes Zogahib, destacou a importância deste novo cenário para o CBA e ressaltou que essa será uma grande oportunidade para que o Amazonas esteja entre os primeiros estados da federação brasileira a ocupar o ranking de inovação tecnológica oriunda da Biodiversidade no mundo.
“Essa é uma das mais importantes participações da UEA em um chamamento público. A partir dessa parceria, iremos desenvolver pesquisas de ponta para a ciência, para empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) que porventura necessitem de consultoria nas mais diversas áreas como, por exemplo, a de biotecnologia”, pontuou o reitor, acrescentando que a riqueza da biodiversidade da Amazônia precisa ser vista pelo mundo.
“Vamos assumir de vez esse ranking de inovação tecnológica e, principalmente, nos aproximarmos ainda mais do PIM”, ressaltou.
Estrutura UEA
Já o diretor da Agência de Inovação da UEA, professor doutor Antônio Mesquita, explicou que a Fuea representou o Consórcio responsável pelo encaminhamento da proposta de gestão do CBA. De acordo com ele, o planejamento estratégico está atualmente em andamento.
Mesquita destacou ainda que tudo isso só foi possível porque a vice-reitora da UEA, Kátia Couceiro, foi a idealizadora da parceria entre as instituições. “Precisamos ressaltar esse esforço e empenho dela para que conseguíssemos essa vitória.”
Conforme Mesquita, o propósito da UEA é desenvolver um leque de pesquisas de ponta nas áreas da biodiversidade, saúde e tecnologia para que, de fato, consiga-se impulsionar a economia do Amazonas por meio do desenvolvimento de novos produtos, com o apoio de novas tecnologias e da inovação.
FOTOS: Suframa/Divulgação
*Redação: blogjrnews.com