Atividades multidisciplinares buscam o desenvolvimento do setor primário do Amazonas
O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) tem em seus quadros aproximadamente 550 funcionários, todos ligados direta ou indiretamente à extensão rural. Nesta terça-feira (06/12), quando se comemora o Dia Nacional da Extensão Rural, a autarquia celebra a atuação dos agentes que levam o conhecimento técnico ao campo, seja em contato direto com os produtores rurais, seja na retaguarda administrativa, atuando para que o sistema inteiro funcione.
Por meio de seus extensionistas, o Idam contribui decisivamente para o desenvolvimento do setor primário, em busca da autonomia do estado na produção de alimentos. A extensão rural atende a políticas públicas, levando conhecimentos necessários para o desenvolvimento nas mais diversas culturas e, ao mesmo tempo, buscando proteger o meio ambiente e seus recursos. No Amazonas, a atividade enfrenta desafios maiores, como as grandes distâncias e a necessidade de preservação da floresta.
Entre os profissionais do Idam estão grandes personagens da extensão rural no Amazonas. Exemplo é o engenheiro agrônomo Milton Barbosa Filho, ou Zé Milton, que atua há 42 anos no Idam, sendo um dos extensionistas rurais mais conhecidos e experientes do estado. Hoje orientador de profissionais mais jovens, ele expressa orgulho de sua trajetória na área.
“Trabalhar na extensão rural é uma missão que nos orgulha, por ter a oportunidade de apresentar ao produtor rural alternativas tecnológicas e gerenciais para melhorar as práticas em seu processo produtivo, em seu nobre ofício de produzir alimentos e matérias primas, contribuindo com a construção da riqueza social e bem-estar das famílias e da sociedade como um todo”, afirma Zé Milton.
Orgulho semelhante é o de Hugo Stênio Gama dos Santos, chefe do Departamento de Planejamento do Idam. “A extensão rural é o elo entre as políticas públicas e a agricultura familiar. Estudamos sobretudo para podermos levar essas informações para os agricultores, com quem trocamos experiências e conhecimentos. A maior satisfação de um extensionista é ver o sucesso dos agricultores. É contagiante”, declara Hugo, há 34 anos na atividade.
Extensão rural e novas tecnologias
Ao lado dos agentes em campo, profissionais e acadêmicos de diversas áreas se associam à extensão rural, atuando nas pesquisas de campo e desenvolvendo novas tecnologias de desenvolvimento, criação, cultivo e extrativismo vegetal. Aí se incluem profissionais de Engenharia Agronômica, Engenharia de Pesca, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária, Bioquímica, Zootecnia, Logística, Administração, Contabilidade, Estatística, entre outras, todos com o mesmo propósito de desenvolver o setor primário.
O atual diretor-presidente do Idam, Daniel Borges, é engenheiro de pesca por formação e atua como extensionista rural desde 2007. Para ele, a constante missão de desenvolvimento das diversas atividades rurais, vai ao encontro das necessidades do Estado do Amazonas, que busca uma alternativa sustentável de diminuir a dependência da Zona Franca de Manaus.
“A extensão rural já mostra há muitos anos que o nosso setor primário pode ser a nossa principal matriz econômica pois, além de empregar milhares de pessoas, garante alimentos e colabora permanentemente com o meio ambiente. Todos os extensionistas rurais merecem nosso reconhecimento”, assinala.
História
No Brasil, a extensão rural teve início no fim da década de 1940, quando observada a necessidade de desenvolvimento social também no campo, para combater o êxodo rural e ocupar de forma ordenada e produtiva todo o território brasileiro. Oficialmente a atividade foi institucionalizada em 1948, com o início das atividades em Minas Gerais.
No Amazonas, os registros apontam para o ano de 1966, com a criação da Associação de Crédito e Assistência Rural do Amazonas (Acar-AM).
Na atualidade, o Idam conta com extensionistas instalados em 73 escritórios locais em todos os 66 municípios do Amazonas.
FOTOS: Nailson Castro/Idam
*Redação: blogjrnews.com