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Incêndios afetaram 25% da maior área protegida de Portugal neste verão
Capital & Municípios
Publicado em 20/08/2022

A maior parte dos danos foi causada pelo incêndio deflagrado em 6 de agosto; cerca de 12 dias depois, o fogo não foi considerado totalmente controlado

 

Pelo menos 25% do Parque Natural da Serra da Estrela, a maior área protegida de Portugal, foi afetado neste verão por vários incêndios florestais, com efeitos negativos “muito significativos” em áreas de “elevada sensibilidade ecológica”.

 

Os dados foram informados pelo ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas), que constatou que em julho e agosto ocorreram cinco grandes incêndios que devastaram 28.112 hectares, dos quais 22.065 pertenciam ao parque.

 

A maior parte dos danos foi causada pelo devastador incêndio que foi deflagrado em 6 de agosto e não foi considerado totalmente controlado até 12 dias depois.

 

“Os incêndios provocaram efeitos negativos muito significativos em locais de elevada sensibilidade ecológica”, alertou o ICNF, que lembrou que na área afetada pelas chamas existem várias espécies endêmicas.

 

Entre os mamíferos, foram afetadas populações de gatos-selvagens, toupeiras-da-água e várias comunidades de espécies de morcego.

 

O instituto chamou atenção também para os danos sofridos por diferentes espécies de invertebrados, "alguns endêmicos da Serra da Estrela e outros cuja única localidade conhecida em Portugal se situa na área do Parque Natural", bem como pelos lagartos-da-montanha.

 

O fogo também afetou populações de aves como cegonha-preta, águia-real, águia-cobreira, falcão-peregrino, tartaranhão-caçador e tordo-das-rochas.

 

Além disso, foram calcinados mais de 9.000 hectares de pinheiros-bravos e mais de 2.600 de carvalhos.

 

 

O último grande incêndio, que durou 12 dias, alastrou-se por seis municípios, que informaram nesta semana que as perdas ascendem a "centenas de milhões de euros".

 

A virulência e a duração do incêndio geraram críticas à atuação dos órgãos competentes no combate às chamas.

 

Ainda assim, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na quarta-feira (17) que ainda não é tempo de analisar se é necessário apurar responsabilidades, uma vez que é preciso aguardar o fim da época anual de incêndios.

 

Foto: NUNO ANDRÉ FERREIRA/EFE/EPA

Por: Agência EFE

*Redação: blogjrnews.com

 

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