Medida aprovada pelo Congresso Nacional permite aumento da concessão de auxílios em ano eleitoral
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou ao plenário da corte uma ação que questiona a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza o pagamento de benefícios em ano eleitoral. A chamada PEC dos Benefícios permitiu a ampliação do valor do Auxílio Brasil e ajuda financeira para taxistas e caminhoneiros.
Com a decisão de enviar o caso ao colegiado, Mendonça se abstém de tomar uma decisão monocrática, ou seja, de decidir sozinho sobre os pedidos. A proposta estabeleceu um estado de emergência, que permite ao governo conceder auxílios mesmo no período de três meses antes das eleições, algo que seria vedado em condições comuns.
O pacote financeiro reservado aos pagamentos está na ordem de R$ 44 bilhões. O montante engloba aumento de R$ 400 para R$ 600 aos beneficiários do Auxílio Brasil, novas concessões ao Auxílio-Gás e o repasse de um voucher de R$ 1 mil para caminhoneiros.
As ações relatadas por Mendonça foram apresentadas pelo Partido Novo e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). O Novo afirma que a distribuição dos recursos, que tem previsão para ocorrer apenas até dezembro deste ano, é medida eleitoreira.
"Não se está apenas diante de uma medida que, claramente, busca efetuar a distribuição gratuita de bens em ano eleitoral — que afeta a liberdade do voto e afronta a salvaguarda da anualidade já em curso", aponta o texto da ação movida pela sigla.
Foto: RECORD TV MINAS - ARQUIVO
Por: Renato Souza, do R7, em Brasília
*Redação: blogjrnews.com