Empresário recuou após semanas de negociações afirmando o não cumprimento de cláusulas por parte dos gestores da rede social
Elon Musk não deve mais participar de negociações pelo Twitter
O bilionário Elon Musk desistiu nesta sexta-feira (8) da proposta de compra da rede social Twitter. O sul-africano havia passado as últimas semanas negociando e estudando a compra do site, mas recuou, segundo a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
Musk, que havia oferecido 44 bilhões de dólares (mais de R$ 231 bilhões) para comprar o Twitter, afirmou que a rede social não cumpriu termos do negócio que incluíam divulgação de informações sobre contas falsas e ausência de mudanças sem consentimento na condução dos negócios, segundo informações da Reuters.
As contas falsas sempre foram uma questão para Musk, que desde os primeiros rumores de intenção de compra se mostrou preocupado em relação aos famosos bots. O empresário exigia a entrega de relatórios que mostrassem o verdadeiro número de contas reais — criadas e gerenciadas por seres humanos.
A desistência de Musk era uma possibilidade antecipada por parte da imprensa internacional desde a noite de quinta-feira (7). Além dos bots, o preço de mercado do Twitter, que começou a cair desde que o empresário conversou com o quadro de gestores da rede social, em abril, era uma questão para o sul-africano, já que diminuiria o preço de compra do site.
Musk chegou, inclusive, a conversar com funcionários do Twitter em uma sabatina de cerca de uma hora, onde declarou que seu objetivo era fazer a rede social alcançar a marca de 1 bilhão de contas — quase 800 milhões a mais do que hoje.
O empresário também foi claro em ressaltar que é contra a suspensão da conta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Para Musk, os usuários do Twitter deveriam poder dizer o que pensam sem risco de punição, como a perda de acesso.
O sul-africano também desejava construir uma área do Twitter apenas para assinantes, visando aumentar a lucratividade do site, além de permitir maior publicidade na rede social.
Foto: RYAN LASH/TED CONFERENCES, LLC/AFP
Por: TECNOLOGIA E CIÊNCIA | Do R7
*Redação: blogjrnews.com