Anualmente, mais de 12 mil mortes autoprovocadas são registradas no Brasil

O acesso à saúde mental e ao tratamento psicológico são os “gatilhos” para evitar que uma pessoa tire a própria vida em decorrência de transtornos emocionais. No mês do “Setembro Amarelo”, que foi marcado por campanhas contra o suicídio, o professor da Faculdade Martha Falcão (FMF), especialista em Neuropsicologia, Rockton Santos, destaca que há saída para se evitar que uma pessoa tire a própria vida. 

O docente criou quatro cartilhas digitais e distribui gratuitamente para estimular as pessoas a procurarem ajuda e se livrarem de um mal que leva à morte de aproximadamente 12 mil pessoas no Brasil, anualmente. 

Rockson Pessoa ressalta que é vital o papel do agente público ou privado na garantia de acesso ao tratamento e/ou terapias. “A gente precisa garantir a saúde mental e psicológica das pessoas. O sujeito, que chega ao ponto de cometer o suicídio, foi negligenciado, já perdeu várias barreiras de proteção, e de cuidado, e agora, está no limite da angústia. Ele não foi assistido na sociedade ou pela sociedade. A melhor forma de prevenirmos que as pessoas cheguem às vias de fato é garantir uma saúde psicológica. O caminho é garantir saúde, o autocuidado”, explicou o professor. 

Na formatação da cartilha, Rockson ressalta que o material é uma forma de orientar o cidadão de como agir diante de uma pessoa que tenha ideias e pensamentos sobre o suicídio. ‘’A proposta é explicar sobre as condutas mais assertivas e formas de ação que favoreçam o tratamento com um profissional habilitado. Este é um problema multifacetado em todo o globo. Não são apenas números. Estamos falando de crianças, jovens, adultos e idosos”, disse Rockson. 

Rockson Pessoa diz que é muito importante para o cidadão que se depara com um suicida em potencial saber ouvir e em momento algum desqualificar o sentimento ou pensamento da pessoa. “A ideia de não desqualificar o pensamento é olhar o modo a compreender que há um processo de sofrimento. Todos os casos necessitam de uma avaliação responsável. Na dúvida de não saber o que dizer, nada diga. Apenas escute e esteja disponível”, alerta.

Sobre a cartilha

Rockson salienta que o material pode ser baixado pelo link https://bit.ly/3unh332 e que  não pode ser considerado como uma medida final ou única de conscientização. 

Setembro Amarelo

Para fechar o mês de conscientização à prevenção ao suicídio, a Faculdade Martha Falcão (FMF) realizará no dia 30, às 19h, o Simpósio da Saúde Mental, com o tema “O que um ano de Covid-19 nos revela sobre saúde mental”. O objetivo do simpósio é qualificar os profissionais de saúde como: enfermeiros, e fisioterapeutas. A ideia é que eles saibam lidar com os pacientes e estejam atentos aos sinais de alerta.

A primeira palestra ficará sob a responsabilidade do doutor em Psicologia do Desenvolvimento, professor da FMF, André Braule Pinto. Ele abordará o tema do simpósio. 

Em seguida, a professora e enfermeira Silvani Carvalho ministrará sobre “Um olhar especial do enfermeiro emergencista ao paciente que tentou suicídio”.

Foto: Divulgação

Fonte: Walter Junior

*Redação: blogjrnews.com